terça-feira, 8 de setembro de 2009

ÉTICA : O que é autoconhecimento ?

Em filosofia, o autoconhecimento ou conhecimento de si é a finalidade de uma busca de natureza ética. O que se busca é a explicação de como e o que é conhecido, isto é, o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor.

O conhecimento de si distingue-se do conhecimento de outras coisas ( as coisas exteriores ao sujeito) por ser imediato, no sentido de não depender de evidências. Pode-se dizer que o autoconhecimento é fruto da introspecção. O sujeito tem acesso privilegiado aos própios pensamentos, isto é, conhece os própios pensamentos de uma maneira que os outros usualmente não conhecem. Tal acesso privilegiado é a marca da autoridade da primeira pessoa, pois usualmente o que o sujeito diz sinceramente que pensa deve ser considerado como o que ele pensa, enquanto o que uma outra pessoa diz que o sujeito pensa usualmente não é um relato que desfrute da mesma autoridade.

Filósofos como Platão, Spinoza, Freud fazem parte de uma tradição que vê o autoconhecimento como uma conquista ou realização que traz saúde e liberdade para a pessoa. Esse projeto ético tem suas raízes no dito do oráculo de Delfos que tanto influenciou Sócrates : Conhece-te a ti mesmo .

De acordo com essa tradição, o autoconhecimento é uma realização, ao invés de lago dado ou prontamente disponível ao sujeito. Para conhecer-se a si mesmo, o sujeito precisa refletir, e interpretar a si mesmo. Há subdivisões dentro dessa tradição. Primeiro, há os filósofos da antiguidade que viam o autoconhecimento coomo algo bom por si ou por fins práticos. Segundo, autores confessionais, como Agostinho e Rousseau. Terceiro, os que vêem o autoconhecimento como algo moralmente valioso, mas difícil de ser alcançado por causa da natureza inwfável do sujeito. Entre os defensores de tal posição está Nietzsche, em alguns momentos. Quarto, os que vêem o autoconhecimento como uma autocrítica. Tal posição é encontrada no Eclesiastes, em Spinoza, em Nietzche, Heidegger, Sartre.

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